Poesia, humanidade e pensamento
sábado, 6 de agosto de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Não sei se quero que o tempo passe
Não sei se quero que o tempo passe, se fique o momento
Tempo, quem és tu, que enquanto te penso, foges oh tempo...
E quanto mais te fujo, mais me foges, apanhas-me na tua rede,
Enredo de momentos em que me perco repetidamente
Tempo, quanto tento ter-te, alcançar-te, abraçar-te... Esvais-te
Esvaio.me e quase desisto... Volto-me para os momentos
Bruma, névoa... Vislumbre eternamente efémero, sentimento contente
Aconchego presente que aquece por dentro, me trás aos outros.
Alguém... Um momento é alguém em nós que dura para o sempre
Que o sentimos! E entre um momento e outro há apenas uma vida inteira
Um mundo concreto e disperso, entretantos... Tempo assim definido!
Para quê, então querer agarrar entretantos? Quando momentos, tantos...
Tão puros e aconchegantes os há para abraçar; o tempo que fique em prantos
Pois se não o tentar alcançar também acalma, me deixa viver, não me foge!
domingo, 10 de abril de 2011
Comboio
A minha vida, vista como um comboio:
Rumo sobe a linha, sem pressa do horário,,
Ou melhor, rumava, até encontrar o amor
À partida de uma estação que conhecia de cor...
Não hesitei em descarrilar, por minha vontade
Na esperança de alcançá-lo, na realidade
Que mais não era como que tentar em vão abraçar
Fumaça, Fragância, que apenas sentia ao inspirar...
E quanto mais inspirava, menos restava,
Mais me fugia, e assim mais o desejava...
Desespero! De saber que tal perfume iria desaparecer
Mas que a vontade de absorver iria permanecer...
Restei eu... Com a espinhosa missão de retomar
O rumo, no passo certo e compasso acertado
Na esperança da confiança dos passageiros renovar
Passageiros de sempre, mais um ou outro recrutado
Que agora viajam comigo, vivem em mim
Numa Carruagem dourada, de beleza sem fim
Com uma inscrição a condizer, designada: amizade.
E esta sempre me impele, caminho fora e me transcende!
sábado, 9 de abril de 2011
Perguntem-me porque vos odeio
Perguntar-me-hão um dia
Porquê tanto ódio
Pelo mundo, pelas relações
Entre as pessoas, imaturas...
Pelos seus jogos de aproximação
E afastamento... Repulsão!
É o que me causam
Caminho solitário
Percorro-o...
E chego ao cruzamento
Da dúvida, se serei eu errado
E a insegurança, vontade copiada
De uma outra imitação
Estará essa sim mais acertada...
Quereria ao menos ignorá-las
Mas amontoam-se pela berma
Que conheço também
Nem eles não estão bem
Mas não são humildes
Entregam-se ao vento
Desligam-se do sentimento
E vivem na nulidade de pensamento
Deixam de existir
Ao parecerem viver
E por isso me repugnam
Então quando me perguntarem
Já saberei que responder:
Odeio a nulidade por demais
Amar a existência!
domingo, 6 de março de 2011
Poesia
Poesia, forma fina e fresca de existir
Nobreza, prata pura de ser-se ao sentir...
Minha eterna essência, livre de ciência
Que nem a voraz vida suga a paciência...
Absorver o mundo, senti-lo e ao pensar
Transformá-lo no meu modo de o observar
Escrevendo, ao cantar no silêncio duma frase
Sinfonia de palavras... E o mundo que acabasse...
Mas o que senti, escrevi... Energia eterna
Do meu viver sobreviveria ao inferno
Da actual vida, mas persitiria pelo universo
Desconhecido que conheço a cada verso
Sim, mesmo que seja apenas por um momento,
Mesmo que as estrofes as leve o vento
Do coração mais desatento, eu continuo
Nada do que faça, ainda que pareça será nulo!
Nobreza, prata pura de ser-se ao sentir...
Minha eterna essência, livre de ciência
Que nem a voraz vida suga a paciência...
Absorver o mundo, senti-lo e ao pensar
Transformá-lo no meu modo de o observar
Escrevendo, ao cantar no silêncio duma frase
Sinfonia de palavras... E o mundo que acabasse...
Mas o que senti, escrevi... Energia eterna
Do meu viver sobreviveria ao inferno
Da actual vida, mas persitiria pelo universo
Desconhecido que conheço a cada verso
Sim, mesmo que seja apenas por um momento,
Mesmo que as estrofes as leve o vento
Do coração mais desatento, eu continuo
Nada do que faça, ainda que pareça será nulo!
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