sábado, 28 de agosto de 2010

SO2 - Gás tóxico, anti-matrimónio?

Já alguma vez sentiram o que há no seio de uma família, nos sentido tradicional e na forma mais pura que os dias de hoje permitem? 

Em primeiro lugar, o que permitiu que isso existisse? Valores, educação, contexto familiar, raízes culturais, de cada um dos conjugues... E algo também no contexto geral cultural que os aproximasse. Enfim, são os conceitos que me lembrei que se intrincam uns nos outros por detrás de fenómenos(mais ou menos visíveis) como a religião, actividades sociais, o trabalho, a própria atitude perante estes próprios fenómenos... Enfim... A vida de cada um, tal como apreendeu por si, mas também em grande pela influência destes costumes, da fé, e do exemplo que essas pessoas tiveram á sua volta.

Nem sequer aqui vou indagar sobre qual a influência de quê e como fez dar-se a união, pois isso seria também complexo, e não foi o que motivou o meu pensamento, reflexão.

Fico-me pela beleza de um casal feliz, no que é humanamente possível, perante a vida que estes criaram no seio daquilo que sentem um pelo outro e no seu conjunto: crianças, pequenas, traquinas, sujas aqui ou acolá sem se importarem, pois não está na sua natureza perder tempo com isso, quando têm um mundo por explorar, por descobrir! A inocência dos seus olhos a chamar pelo papá, ou pela mamã: "papá, aquiwo!", o doce balbuciar de palavras que mal se entendem, mas que elas bem o compreendem! Como dizem os papás babados: "Não há dinheiro que compre isto!", enquanto ajeitam o cabelo desgrenhado e encaracolado...

E não há realmente, e digo-o ao sentir esta realidade de perto de alguém que a vive, observando com alegria! Mas observando também sentindo distante de mim possibilidade de tal realidade.Talvez por deixar passar possibilidades, talvez simplesmente por não ser hora de sentir-lo. Ainda que esteja sereno em relação a tudo isto, não deixo de me questionar se os meus factores que o permitiriam não estarão poluídos pelo dióxido de sociedade...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Certezas: assertividade vs presunção

Nas mais variadas situações do dia-a-dia, nesta sociedade actual é-nos pedido, quase exigido algum grau de certeza, pelo menos aparente. Quer estejamos a exprimir uma simples opinião ou ponto de vista, numa qualquer conversa, quer estejamos num outro qualquer contexto mais exigente.

E quando estamos perante a mais famosa reprodução das situações reais, da vida real, que por ironia tem como ficção a sua definição, também nos deparamos com este foco na importância da certeza de cada uma das personagens no seu papel. Personagens fictícias populares como House, entre muitos outros exemplos, fazem da sua certeza desmesurada, que chega a se tornar arrogância, a sua imagem e carisma de marca.

Mais que isso, esta ficção popular para além das personagens principais que se baseiam nestas certezas absolutas, também nas as personagens secundárias, e na sua interacção se nota muito este choque entre certezas absolutas, na qual a certeza mais absolutamente assertiva (ou presunçosa) se sobrepõe, sendo esta a nova luz se irá fazer na mente da suposta personagem. Faz-se então um "close up" na face da personagem que então absorve a nova realidade (certeza). Mais ainda, no fim do discurso, a outra personagem afasta-se sem dar hipótese de resposta, mas com a certeza de que deu uma lição de vida e impôs a sua teoria.

É uma ficção que compramos a peso da realidade... E a que preço, ou melhor, a que custo nos sairá esta compra, este consumismo da ficção?

Pois, porque na realidade, não há efeitos cinematográficos, nem há câmaras, nem microfones, nem milhões de espectadores. Haverá apenas as nossa (poucas) certezas, que têm que viver num espaço mais humilde em sintonia, respeito pelo espaço das muitas outras certezas com que nos deparamos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Renascer

Estava á beira do meu leito de sono, quando fui invadido pelos meus pensamentos e por uma reflexão profunda sobre mim e sobre a minha situação a vários níveis. E pela ânsia, vontade desmedida de o partilhar!

Mais uma vez, em jeito de apresentação deste conceito (de blog), que ainda está em construção (o próprio conceito) dei por mim a pensar que este é de certa forma um projecto meu há muito idealizado de forma mais ou menos concreta. Desde a minha adolescência que sonho em escrever, ou melhor, em que as minhas escritas um dia tenham os frutos de serem impressas num livro. 
Sempre tive esta grande vontade dentro de mim de partilhar aquilo que absorvo, penso, sinto, reflicto e aprendo. Não que tenha a pretensão de impor a minha opinião sobre algo em concreto, mas porque tenho esta força que me leva a partilhar por meio da escrita! E por meio da escrita fazer chegar a alguém(ou até mesmo a mim próprio um dia mais tarde) uma mensagem, um aviso, uma palavra simplesmente!

E não sei se por esta minha motivação estar intimamente relacionada com estes sentimentos que me reportam um pouco a adolescência que ainda se mantém viva dentro de mim, mas quero muito fazer passar estas mensagens escritas para jovens também, em idade e em sentimento. Ou para alguém que procure também conhecer como é ser-se jovem nos dias de hoje! Pois ser-se jovem e adolescente hoje em dia não é nada fácil! É certo que cada era apresenta as suas dificuldades para cada faixa etária, mas por várias razões, que serão por ventura tópico de textos seguintes, nos dias de hoje, apresenta muitos e bem difíceis desafios por suportar e superar!

Mais uma vez retomo a ideia de que eu sou apenas uma pessoa atenta aos desafios que surgem a ser-se jovem, e expresso a minha opinião, os meus sentimentos, mas jamais quererei sobrepô-los á visão de ninguém! Pelo contrário, deixo a porta aberta para ouvir e até mais; gostaria de ouvir a vossa opinião, sentimentos sobre os temas que apresento.

Para terminar gostaria de dizer ainda como nota pessoal que me sinto feliz por ter iniciado este projecto do blog, pois todas as possibilidades que me surgem com ele a cada ideia que me vai suscitando me fazem sentir que abraço de novo todas as potencialidades que senti durante algum tempo adormecidas, quase esquecidas! Potencialidades de humanidade, e criatividade, que são o pouco que tenho para dar a um mundo em constante mutação e que tem cada vez mais níveis de exigências que fazem a muitos de nós recuar e duvidar.

Fogos no verão, que grande aflição!

Começo por falar do que vejo, a partir da televisão pelos dias mais quentes do verão: basta ligar a televisão e temos durante meia hora garantida do telejornal a mesma notícia que já ouvimos vezes sem conta: "Incêndio na região X lavra desde a madrugada."; "Corporações de bombeiros..."; "Já arderam até agora Y hectares de floresta"; "Populares ajudam bombeiros para salvar as casas"; "As operações de rescaldo.."; "...meios aéreos". 

No epicentro destes acontecimentos muito noticiados estão muitas das vezes as pessoas simples, do povo, das aldeias, do campo que nestes infortúnios acabam por perder o pouco que já não tinham! Os terrenos cultivados de sol a sol pelas suas próprias mãos cansadas e calejadas passam de esperança de sustento a desespero por nada mais ter... O gado, que constitui também fonte de sustento, seres vivos! Que acabam muitas das vezes mortos numa agonia que nem as câmaras captam nem a imaginação nos deixa visualizar!

E no que no fogo e no calor do sensacionalismo se trata e retrata, quando as chamas vão e as cinzas ficam, resta apenas o esquecimento! Porque o preto e o cinza não brilham mais nos televisores. A sensação acaba nos números de hectares queimados! 
As pessoas, antes entrevistadas mesmo nos momentos de maior aflição, rapidamente são esquecidas noutros fogos de vista. Esquecidas na cinza, deixadas para trás. Quem as ajuda? 

Antes de falarmos de política, falemos ainda de quem luta na "linha da frente" para tentar salvar o pouco que é pouco mais que nada dos agora esquecidos. Os bombeiros, que a muito se arriscam, sem nada(ou quase) ganharem em troca. Um risco que muitas vezes também os consome no infortúnio... A esses também uma palavra de realce! 

Quanto aos jogos de ping-pong entre ditas esquerdas e direitas; esses políticos que nestas alturas se escondem como ratos! Nem sabem que dizer nestas alturas! Lá fazem os mais visados o acto teatral de "interrupção das férias". De férias andam eles o ano todo a mandarem espigas entre partidos, como em muitas outras profissões neste país a tentarem ferir os outros e a fingirem ter certezas e parecerem fortes para com isso ganharem vantagem na imagem que passam para o eleitorado! 
E como criticar apenas sem apresentar soluções é o que se faz pela assembleia da república, deixo aqui até algumas ideias: que tal criar planos de prevenção para estas situações que se repetem todos os anos? A limpeza das matas! Uma maior vigia das florestas! Um sistema de rentabilização das florestas onde eventualmente se criassem de uma maneira ecologicamente viável espécies de clareiras, subdividindo espaços e dificultando o fácil avanço de chamas! Etc.. Ideias é o que se precisam! E pô-las em prática já! Para ter resultados no próximo e nos anos seguintes! Até se criariam postos de trabalho e possivelmente se angariariam fundos da União Europeia. 


Agradeço comentários, críticas, sugestões, partilha de situações que se tenham passado convosco, perto de alguém que conheçam, a vossa opinião sobre este tema, e eventualmente outros temas na ordem do dia que se possam também discutir aqui.

Ierathel.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Apresentação do Blog

As minhas primeiras palavras no minha primeira aventura num blog. Hoje em dia há muitas formas de expor as nossas palavras, nomeadamente na "larga teia mundial" (www). Mas poucas formas haverão de comunicar de uma forma mais pura na verdadeira acepção da palavra, e esta através deste blog é uma forma de eu tentar aqui comunicar de um modo humano, poético, a forma de expressão mais básica, mais nua e espontânea e mais natural que conheço.