Um dia como outro qualquer, com excepção de ser hoje
Hoje sou carne e osso; hoje, não consigo fingir...
Morto para a vida, renascida a dor, peso de existir...
Todo o mundo me dói, toda a gente se corrói...
A vida pesa-me... arrasta-me para a existência,
Onde existe esta própria subjectiva experiência:
Uma emoção, feita sentimento, reflectido na razão
Emocional da mente, minha refém, minha prisão...
Prisão, refúgio, inferno ou paraíso, catharsis?
São apenas as estações principais do comboio
Da mente, que faz viagens ora num sentido
Ora noutro. Necessárias, mas nem sempre ideais.
Este comboio, que mais parece montanha russa
Na qual anda o meu espírito, humor: sobe e desce...
Anda ás voltas e volta sempre a esta tristeza,
Grito das palavras desenhadas a silêncio, a sangue
De que jorra a revolta, o alerta, o desabafo,
A mudez que não se cala nem consente
Tal cegueira, tal conjunto de almas ausente
Obcecado com um agora passado presente.
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