domingo, 10 de abril de 2011

Comboio

A minha vida, vista como um comboio:
Rumo sobe a linha, sem pressa do horário,,
Ou melhor, rumava, até encontrar o amor
À partida de uma estação que conhecia de cor...

Não hesitei em descarrilar, por minha vontade
Na esperança de alcançá-lo, na realidade
Que mais não era como que tentar em vão abraçar
Fumaça, Fragância, que apenas sentia ao inspirar...

E quanto mais inspirava, menos restava,
Mais me fugia, e assim mais o desejava...
Desespero! De saber que tal perfume iria desaparecer
Mas que a vontade de  absorver iria permanecer...

Restei eu... Com a espinhosa missão de retomar
O rumo, no passo certo e compasso acertado
Na esperança da confiança dos passageiros renovar
Passageiros de sempre, mais um ou outro recrutado

Que agora viajam comigo, vivem em mim
Numa Carruagem dourada, de beleza sem fim
Com uma inscrição a condizer, designada: amizade.
E esta sempre me impele, caminho fora e me transcende!

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