sábado, 16 de abril de 2011

Não sei se quero que o tempo passe


Não sei se quero que o tempo passe, se fique o momento
Tempo, quem és tu, que enquanto te penso, foges oh tempo...
E quanto mais te fujo, mais me foges, apanhas-me na tua rede,
Enredo de momentos em que me perco repetidamente

Tempo, quanto tento ter-te, alcançar-te, abraçar-te... Esvais-te
Esvaio.me e quase desisto... Volto-me para os momentos
Bruma, névoa... Vislumbre eternamente efémero, sentimento contente
Aconchego presente que aquece por dentro, me trás aos outros.

Alguém...  Um momento é alguém em nós que dura para o sempre
Que o sentimos! E entre um momento e outro há apenas uma vida inteira
Um mundo concreto e disperso, entretantos... Tempo assim definido!

Para quê, então querer agarrar entretantos? Quando momentos, tantos...
Tão puros e aconchegantes os há para abraçar; o tempo que fique em prantos
Pois se não o tentar alcançar também acalma, me deixa viver, não me foge!

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